Natal
“Certa vez, durante uma ceia de Natal, houve um grande debate: afinal, qual a lógica do Natal?
Durante todo o período de refeição, diversas hipóteses foram levantadas, e todos se manifestaram, exceto Esther.
Logo depois, ainda sem respostas concretas, se puseram a abrir os presentes, como mandava a tradição.
De fato, a alegria de alguns era notável, assim como a frustração estampada no rosto de outros também.
Ao final das comemorações, enquanto se organizavam para ir dormir, Esther chamou Pedro.
Ele era seu sobrinho e havia ficado carrancudo após ver as meias e o cachecol de crochê que Esther tinha dado a ele.
Semelhantemente ao restante das pessoas que ganhara a mesma coisa.
Sem enrolação, ela lhe perguntou o motivo de tal reação ao ver o presente que tanto demorou para fazer. Como se fosse óbvio, o garoto respondeu:
– Quem quer ganhar meias? Ainda mais feitas em casa. Queria alguma coisa maneira, não isso.
Posteriormente, Esther entregou ao Pedro outro presente. Dessa vez era um celular, e lógico, finalmente agradou o sobrinho.
No dia seguinte, enquanto almoçavam, Esther se manifestou sobre o Natal pela primeira vez.
– Vi a cara que fizeram ao receber meu presente, pois foi a mesma que fiz quando recebi o de vocês.
No final das contas, nenhum de vocês souberam de fato, qual é a lógica do Natal.
Isto é, presentes caros e prontos não simbolizam nada nessa ocasião.
Sobretudo, eu passei um grande tempo dos meus dias, me dedicando a fazer cada coisa que ganharam.
Por certo, não notaram o real valor do que tinham em mãos. Pensei em cada um, fiz um a um, dediquei tempo e carinho no que fiz.
Assim sendo, muitos dedicam apenas seu dinheiro em algum presente bobo que pouco acrescentará de fato na vida do outro.
Não é sobre o que é e quanto vale, e sim sobre o quanto importa e o que transmite.
Assim sendo, no Natal seguinte, todos se reuniram e fizeram da ocasião, um momento de pensar uns nos outros.
Ao passo que, mesmo comprando os presentes, haviam pensado e escolhido com carinho o que de fato poderia acrescentar na vida do outro.
No entanto, Esther havia partido meses antes, e não pode ver de fato, o que teriam aprendido.
Porém, com todos eles, estavam as meias e os cachecóis que ela se dedicou a fazer pensando em cada um deles”.
Então…
O Natal é o momento em que dedicamos estar uns com os outros. Assim sendo, não pense no Natal como sendo o período que vai ganhar “coisa X”. Pense que será um momento que compartilhará lembranças, laços e união com pessoas que estarão ali com você.
Feliz Natal!
Claudia
Texto de Gabriela Railo
Músicas :
Jingle Bells 7 de Kevin MacLeod é licenciada de acordo com a licença Atribuição 4.0 da Creative Commons. https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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We Wish You a Merry Christmas de Twin Musicom é licenciada de acordo com a licença Atribuição 4.0 da Creative Commons. https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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